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Capitalização e Prazos no Blockchain

O conceito de capitalização está associado de como se valorizam, ou se desvalorizam “valores” no tempo.

A palavra “valores” aqui está associada a qualquer coisa que custe e tenha um preço. Então, valores estão associados a como os custos se comportam no tempo gerando os “tempos” financeiros de curto, médio e longo prazo.

A ideia de que há um curto, um médio, ou um longo prazo nasceu a partir das valorizações que são capitalizadas diferentemente para cada um desses acordes de tempo na partitura financeira.

Os mecanismos de capitalização são esses de como valores variam, aqui e agora, amanhã, depois de amanhã, e no futuro tardio.

O que varia no final das contas são os custos, os quais, por sua vez geram preços nessa sequência do agora, hoje e amanhã.

O sistema financeiro precifica essas variações através das taxas de juros que refletem a “capitalização” no tempo. O aqui e agora vale mais do que no final do dia de hoje, e por sua vez muitíssimo mais do que amanhã.

A espera só se justifica se houver um ganho entre o aqui e agora e amanhã. Essa “espera” pelo amanhã gera as expectativas do que pode de fato ocorrer, gerando as apostas de risco que podem ou não se realizarem.

Os esquemas de produção tentam “normalizar” essa espera, e os consequentes efeitos que os riscos podem ter nas quantidades produzidas, agora, hoje e amanhã, resultando em custos diferenciados, associados a “velocidade” com que os produtos saem das linhas de montagem e são vendidos.

A disposição para esperar melhores resultados no amanhã tem um custo que é precificado por uma compensação refletida nas taxas de juros.

No Aqui e agora temos os mais altos preços e as taxas de juros são zero.

Amanhã, os custos se retardam na média, mas as taxas de juros se elevam, e a produção vende tudo agora, ou estoca para o amanhã esperando por melhores preços, impulsionados por juros mais altos.

Entre o agora, hoje e amanhã, a produção gera custos diferenciados através de maiores preços na margem de hoje, ou através de preços nas médias dos custos variáveis no futuro do amanhã.

O que se pode observar nessa rápida análise de como operam as linhas de produção é que os preços refletem custos através de valores que a produção pode ter nas apostas do que pode acontecer entre hoje e amanhã.

As variações desses valores são refletidos através da moeda, que sinaliza como variam os custos e os preços no tempo. E, ainda, de como a produção é estocada para gerar preços à margem de hoje; ou à média do custos de amanhã.

Esses acordes de tempo geram a sinfonia do sistema financeiro, que no fundo é orquestrado pelos esquemas produtivos, que em verdade, geram “valores”, transformando capital, terra e trabalho em produtos finais.

O problema hoje é que está havendo uma tremenda distorção nessa partitura interpretada pelas finanças, a qual, enfoca os tempos dos custos nas variações da “moeda”, atravessando os tempos do maestro da orquestra da produção, desafinando a música tocada na partitura econômica do amanhã.

O resultado dessa dissonância entre finanças e produção está distorcendo os mecanismos de capitalização gerados a partir de emissões fiduciárias (em garantia), transformando dívidas em capital desconectado dos estoques da produção.

O sistema financeiro acabou por descobrir o milagre de se estocar capital a partir dos mecanismos que transformam dívida em liquidez; totalmente dissociados dos mecanismos que estocam a produção e valores reais.

O resultado é uma moeda sem valor, baseada na mera emissão de títulos fiduciários, provocando uma imensa dissonância na ideia de capitalização de valores, os quais estão entrincheirados nas operações bancária de emissão de títulos.

Essa inflação de títulos fiduciários gera uma sobre valorização da moeda, e um consequente declínio na capacidade dos valores produtivos em gerarem salário, emprego e renda.

O problema então está no modo antiquado de como operam as finanças, a partir de seus tradicionais mecanismos que transformam descontroladamente títulos de dívidas em liquidez abstrata.

A capacidade do Blockchain em eliminar essas emissões descontroladas de títulos fiduciários restaura, através das cripto moedas, o verdadeiro sentido do valor dos custos, dos preços e das moedas, reescrevendo a partitura do maestro da produção em acordes de tempos de curto, médio e longo prazos mais coerentes, eliminando as dissonâncias entre o financeiro e o produtivo. 13/01/2025.

 
 
 

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